2 de jun. de 2013

Bodas de papel

Um ano morando aqui, um ano tendo que responder a mesma santa pergunta desagradável: você realmente gosta de Brasília?

É como se durante todos esses meses eu esteja omitindo meus reais sentimentos em relação à cidade e as tantas motivações que me fazem ficar. Chatice desnecessária somente porque o primeiro empurrão para que eu viesse foi dado pelo lado direito do meu cérebro.

Perdi as contas de quantas vezes fui chamada de – argh – “doidinha” porque ninguém foi sincero o suficiente pra dizer que me achou apaixonada-inconsequente na época. Todos os méritos conquistados da primeira vez que saí de casa foram por água abaixo. De corajosa e madura eu passei para muito inquieta, desapegada demais e até pedante.

Mas sejamos racionais, é maluquice deixar pra trás uma vida que não anda e tentar recomeçar em outro lugar tendo como bônus a companhia e o apoio de pessoas queridas, finalmente enxergando o que é bom pra você. Assim como é inocente demais ficar feliz de olhar pela janela do seu quarto e conseguir enxergar o horizonte antes tapado por tanta fumaça. 

Que venham as bodas de pêra.

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